CARTA ABERTA A IGREJAS EM BUSCA DE NOVOS MEMBROS
A autora do
texto abaixo é Lyda K. Hawes, uma atleta e blogueira americana, evangélica, que
estava procurando uma igreja para frequentar. Essa Carta Aberta contém dicas
muito úteis e, sobretudo, modernas, para igrejas que querem receber bem aqueles
que as visitam, de forma a se tornarem membros de suas comunidades. A tradução foi feita por Daniel do Amaral,
com a colaboração do casal David e Dorothy Gartrell, missionários na IPU de
Pains-MG, e da professora Maria Kassimati (Natal-RN). Boa leitura!
Prezadas Igrejas em busca de novos membros,
Meu marido e eu mudamos de cidade há alguns anos e
desde então temos ficado “entre igrejas”. Estivemos visitando algumas de suas
igrejas e temos algumas observações que podem ser úteis para se conseguir novos
membros:
Nada de humilhação pública – por favor, não nos façam ficar em pé em uma sala
cheia de estranhos, nos apresentando a todos. Queremos ficar anônimos porque
não temos certeza se queremos vê-los novamente e, francamente, ainda estamos
procurando outras igrejas. Não são vocês, somos nós, e afinal de contas ainda
não os conhecemos muito bem. (E,
acreditem, se decidirmos ficar com vocês, vão ter sorte se conseguirem nos
manter calados, então aproveitem o
silêncio enquanto puderem).
Reconheçam que nós existimos – Ficar anônimo não é o mesmo que ficar invisível.
Nós provavelmente vamos ficar meio confusos sobre o que fazer e para onde ir.
Assim, será muito bom ter alguém para nos cumprimentar e saber se temos alguma
pergunta, ou nos informar se vocês fazem algo de maneira particular. Além
disso, se vocês se comportarem como se nós não estivéssemos aí, vamos começar a
achar que poderíamos muito bem não estar, uma vez que isso parece não importar
para vocês.
Coloque tudo por escrito – Expliquem tudo que precisamos saber no
boletim. A hora de sentar, de ficar em pé, onde encontrar a letra das músicas.
Mesmo que você tenha um desses novos monitores digitais incrementados, inclua
no boletim o que vai e o que não vai aparecer na tela (porque alguns de vocês
gostam de misturar as coisas e nem tudo aparece lá em cima).
Sem perseguição – Por favor, não saiam correndo atrás da gente na
calçada da igreja para nos dizer que ficaram felizes com a nossa visita (tudo
bem, é verdade!). Quando vocês agem como se fosse um milagre de Deus quando têm
visitantes, a gente estranha. Poderemos ou não preencher um cartão de
informações, mas isso não quer dizer que não gostamos de vocês; só quer dizer
que encontramos tudo o que precisávamos em seu site.
Lembre-se da gente – Vocês ganharão pontos preciosos se, quando
voltarmos, se lembrarem dos nossos nomes, mas, mesmo que seja só um simpático
"que bom vê-los de novo" já nos fará sentir que vocês perceberam que
estivemos aí (mas, lembre-se da regra de não perseguição).
Tenham um site – Se vocês não tiverem um site, nós simplesmente não
vamos visitar sua igreja. Nada pessoal, mas isso, por si só, indica que vocês
não estão preparados para receber novas pessoas. Você pode montar um site
básico de graça e conseguir seu próprio endereço por um pequeno valor de
manutenção anual. Simplesmente não há razão para não ter um (a menos que talvez
você seja Amish, nesse caso, você não
estaria nem lendo este post e nós provavelmente não estaríamos mesmo visitando
sua igreja, por uma série de outras razões).
Quando, Onde, O quê – Existem basicamente três coisas que queremos saber
quando visitamos o seu site: quando seus cultos são realizados, onde fica sua
igreja, e em que vocês acreditam. Na realidade, gostaríamos de ver todas as três
na página inicial, mas, pelo menos, deixem essas informações bem fáceis de
encontrar e a apenas um clique de distância. Se vocês promoverem cultos
especiais, como véspera de Natal, Quarta-Feira de Cinzas, Páscoa (quando
visitantes como nós costumam aparecer), por favor, coloquem esses momentos
especiais de adoração na página inicial. Encontramos muitos sites de igrejas
que parecem estar mais interessados no belo
visual do que em realmente serem úteis. Vocês não têm que ser extravagantes ou
utilizarem alta tecnologia para decidirmos se vamos visitá-los.
Mostre-nos em que você realmente acredita – Tenha
orgulho do que você crê e publique em seu site. Progressista? Ótimo!
Teologicamente conservador? Legal! Mas, o que essas coisas significam na vida
de sua comunidade? É muito bom, antes de a gente aparecer agitando as nossas
bandeiras arco-íris, saber que vocês defendem a o Criacionismo nas escolas
locais. E se essa é a crença de sua comunidade, ótimo, mas nós dois saberemos
que aí não vai ser uma boa opção; assim, vamos nos preservar uns aos outros de
uma frustração. Nós íamos acabar descobrindo rapidamente nossa
incompatibilidade, então por que não evitarmos essa volta desnecessária já por
meio virtual? Além disso, tem gente por aí que gostaria muito de encontrar uma
comunidade como a de vocês, se soubesse que ela existe.
Encontrar uma nova igreja nem sempre é fácil,
especialmente quando você vem de uma igreja que é parte importante tanto de sua
jornada de fé quanto de sua vida pessoal. Éramos muito, muito ligados à nossa
antiga comunidade de fé e é difícil pensar em qualquer outro lugar que chegue
perto disso. Ou pode ser que a gente nunca tenha sido de frequentar igreja e
agora queremos explorar esse nosso lado espiritual pela primeira vez, mas é
tudo tão novo e confuso. Ou talvez estejamos em crise e precisamos de um lugar
em que possamos estar em crise e tudo bem. Várias das coisas que podem nos
levar até a sua porta podem dificultar um comportamento que não seja apenas o de
comparecer, sentar-se quietinhos lá atrás e sair de mansinho mais tarde. Mas
essa é uma coisa bonita das comunidades eclesiais – trazem novas pessoas em sua
vida, podem abrir o seu coração e mente para novas experiências, podem sarar as
feridas mais profundas e afirmar o seu relacionamento com Deus. Levando em
conta tudo isso, não deixem que as pequenas coisas mencionadas acima sirvam de
obstáculo para as pessoas se conectarem com as Boas Novas.
Na Paz,
Lyda
& Brian
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