Dois goleiros, duas mulheres, duas histórias
No domingo, dia 11 de junho, dois goleiros ocuparam as manchetes dos jornais de todo o mundo. Um dos motivos: duas belas mulheres. As coincidências param por aí.
O primeiro goleiro (ou ex-goleiro) é o brasileiro Bruno, pelo envolvimento no brutal assassinato de uma jovem mãe, de um filho seu fora do casamento. Ela, Eliza Samudio, uma morena de beleza brejeira, sensual, como tantas brasileiras. Ocupação: modelo. Modelo de quê? Fotográfica? De moda? De artes plásticas? Modelo é uma palavra que pode assumir muitos significados, dependendo daquilo que a mulher (ou homem) expõe de sua imagem, de sua vida, de seu comportamento.
O fato é que Bruno, um goleiro muito talentoso, por vezes instável – parece que agora dá pra entender por que – é acusado de um crime hediondo, um assassinato recheado com seqüestro, tortura, espancamento, estrangulamento, esquartejamento, aniquilamento, desaparecimento, tudo isso praticado contra a mãe de um recém-nascido.
O outro goleiro é o espanhol Iker Casillas. Foi muito questionado no início da Copa do Mundo da África, quando a Espanha perdeu de 1 a 0 para a Suíça. Discutiam se a presença de uma repórter espanhola atrás do seu gol teria levado o goleiro a se distrair no lance do gol suíço.
A Espanha avançou no torneio, e seu goleiro foi se firmando, fazendo defesas importantes e assegurando as apertadas vitórias espanholas. Na final da Copa, contra a Holanda, Casillas surge como herói do jogo, defendendo com o pé o gol feito que Robben perdeu. Garante a vitória da Espanha por 1 a 0 – outro placar magro nessa copa pobre de gols – e levanta a taça como capitão da seleção campeã.
Vêm as entrevistas e a bela repórter reaparece para entrevistar o campeão. É a mesma figura que estava atrás do gol no primeiro jogo: Sara Carbonero, belíssima dublê de modelo e repórter, namorada do goleiro. A entrevista transcorre profissionalmente, apesar da emoção da conquista histórica da Espanha. Casillas responde às perguntas, fala o que está sentindo, menciona sua família, seus pais, até que, em um lance digno de amante latino, lasca um beijo na moça diante das câmeras.
Para alguns, uma atitude antiprofissional e condenável em uma cobertura jornalística daquela importância. Eles que esperassem um momento de intimidade, longe das câmeras, para liberarem suas emoções. Entretanto, pelo menos para os leitores do El País, a aprovação do gesto de Casillas e Sara foi unânime.
Em um mês, o goleiro distraído e inseguro, visto com desconfiança pela torcida espanhola, torna-se o herói da Copa e ergue a taça FIFA.
Dois goleiros, duas mulheres. Ou o futebol não é uma caixinha de surpresas?
O primeiro goleiro (ou ex-goleiro) é o brasileiro Bruno, pelo envolvimento no brutal assassinato de uma jovem mãe, de um filho seu fora do casamento. Ela, Eliza Samudio, uma morena de beleza brejeira, sensual, como tantas brasileiras. Ocupação: modelo. Modelo de quê? Fotográfica? De moda? De artes plásticas? Modelo é uma palavra que pode assumir muitos significados, dependendo daquilo que a mulher (ou homem) expõe de sua imagem, de sua vida, de seu comportamento.
O fato é que Bruno, um goleiro muito talentoso, por vezes instável – parece que agora dá pra entender por que – é acusado de um crime hediondo, um assassinato recheado com seqüestro, tortura, espancamento, estrangulamento, esquartejamento, aniquilamento, desaparecimento, tudo isso praticado contra a mãe de um recém-nascido.
Uma pessoa com quem se envolveu – com ou sem amor, não se sabe – e por quem parece ter desenvolvido um ódio incontrolável, irracional, quase suicida. Economistas calculam que ele jogou no lixo uma atividade futura de mais de dez anos e uma expectativa de patrimônio de R$ 100 milhões no fim da carreira. E, segundo as investigações, o bebê de quatro meses escapou por pouco do mesmo destino. O goleiro campeão brasileiro em dezembro de 2009, ídolo da maior torcida do Brasil, torna-se uma das pessoas mais odiadas do país seis meses depois.
O outro goleiro é o espanhol Iker Casillas. Foi muito questionado no início da Copa do Mundo da África, quando a Espanha perdeu de 1 a 0 para a Suíça. Discutiam se a presença de uma repórter espanhola atrás do seu gol teria levado o goleiro a se distrair no lance do gol suíço.
A Espanha avançou no torneio, e seu goleiro foi se firmando, fazendo defesas importantes e assegurando as apertadas vitórias espanholas. Na final da Copa, contra a Holanda, Casillas surge como herói do jogo, defendendo com o pé o gol feito que Robben perdeu. Garante a vitória da Espanha por 1 a 0 – outro placar magro nessa copa pobre de gols – e levanta a taça como capitão da seleção campeã.
Vêm as entrevistas e a bela repórter reaparece para entrevistar o campeão. É a mesma figura que estava atrás do gol no primeiro jogo: Sara Carbonero, belíssima dublê de modelo e repórter, namorada do goleiro. A entrevista transcorre profissionalmente, apesar da emoção da conquista histórica da Espanha. Casillas responde às perguntas, fala o que está sentindo, menciona sua família, seus pais, até que, em um lance digno de amante latino, lasca um beijo na moça diante das câmeras.
Para alguns, uma atitude antiprofissional e condenável em uma cobertura jornalística daquela importância. Eles que esperassem um momento de intimidade, longe das câmeras, para liberarem suas emoções. Entretanto, pelo menos para os leitores do El País, a aprovação do gesto de Casillas e Sara foi unânime.
Em um mês, o goleiro distraído e inseguro, visto com desconfiança pela torcida espanhola, torna-se o herói da Copa e ergue a taça FIFA.
Dois goleiros, duas mulheres. Ou o futebol não é uma caixinha de surpresas?
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