Músico? Poeta? Ou um estado intermediário...
PRIMÓRDIOS
Música faz parte da minha vida desde pequeno. Quando eu nasci minha irmã já estudava piano e foi para o Conservatório, em Santos-SP. Cresci ouvindo todos os dias peças para iniciantes (Minueto em Sol maior [Beethoven], Marcha Turca [Chopin], Le Lac de Côme, enfim, aquilo que todo aluno de piano toca) e também peças mais elaboradas, como os Prelúdios e Fugas do Cravo Bem Temperado de J.S. Bach, além de peças de Ravel e Debussy. Mas isso era a Edna, minha irmã, que tocava. Eu cheguei a ter aulas de piano com ela, e tocava até alguns hinos do Hinário Evangélico, com harmonia simplificada. Porém, aos doze anos, desisti do piano.
Aos treze anos (1974) eu estava na Igreja Presbiteriana de Copacabana, quando começou a ter o Culto Jovem das 18 horas. A partir dessa época eu comece a me interessar pelo violão, embora jamais tenha tido aulas. Via o pessoal tocando nos cultos, pedia uma dica para um ou outro, pegava umas revistinhas com cifras e ia tocando mais ou menos.
A primeira vontade que eu tive de compor alguma coisa foi vendo as apresentações do Grupo Sinal Verde, cujo núcleo mais tarde iria formar o Rebanhão, com o Janires. Foi a primeira vez que eu vi um conjunto ensaiando, tocando guitarra e baixo com amplificadores valvulados, com bateria, etc.
A PRIMEIRA FASE
As primeiras músicas foram compostas no período entre 1980 e 1984. Nessa época eu fui membro das igrejas metodistas do Catete e do Jardim Botânico. Nesta última cantava no conjunto jovem, dirigido pela regente Eliani Spinelli. O repertório era basicamente ELO e Vencedores por Cristo. Algumas boas letras, mas muitas coisas traduzidas e melodias bem ao estilo das baladas norte-americanas. Eram tempos de “Céu, lindo céu”.
Entretanto, na Igreja Metodista já se conhecia o hinário NOVA CANÇÃO, lançado em 1973, com composições de Jaci Maraschin e Simei Monteiro, entre outros.
Em 1981 fui secretário distrital de Jovens no Distrito Metropolitano, 1ª. Região da Igreja Metodista, que incluía as igrejas da Zona Sul do Rio, incluindo também Rocinha e Cordovil. Nessas duas igrejas estive várias vezes, sem medo de assaltos nem de balas perdidas. Bons tempos aqueles! Nos encontros da Federação de Jovens tomamos conhecimento do trabalho dos festivais e dos seminários de Música Sacra, com uma preocupação de trabalhar uma música mais brasileira (e menos alienante) nas igrejas. O grupo paulista Viva a Vida (com Laan Mendes de Barros) tinha gravado um LP com o título Raios de Sol.
Ao mesmo tempo, quando eu ainda morava no Rio de Janeiro, militei na ABU (Aliança Bíblica Universitária). Toda semana tínhamos reuniões do Núcleo Base do Rio, em Vila Isabel, e cantávamos as músicas do cancioneiro da ABU, que tinha músicas do Wolô, Vencedores, ELO e também inúmeras contribuições latino-americanas, em espanhol. Eram músicas mais próximas de nossa realidade, mais pé no chão, dentro de um visão de Missão Integral, derivada do Pacto de Lausanne.
Recebendo todas essas influências, ficaram duas músicas:
GUARDA O TEU CORAÇÃO
Sobre todas as coisas que se devem guardar
Guarda o teu coração
Das angústias da vida, do orgulho e paixão
Guarda o teu coração
Pois dele procedem as fontes da vdia
As tuas palavras, os teus pensamentos,
E tudo que fazes enfim
Filho meu hoje entrega-me o teu coração
O Senhor vem dizer
Para todos que buscam a paz e o perdão
A razão de viver
Pois só Jesus Cristo transforma por dentro
O Homem caído no Homem perfeito
E reina no seu cofração
Sobre todas as coisas que se devem guardar
Guarda o teu
coração
Daniel do Amaral, 1980
PARA QUEM IREMOS NÓS
Senhor,
quando andávamos distantes de ti
nós vivíamos perdidos sem ti
ó Jesus
Mas tu já nos deste
algo mais verdadeiro
bem mais do que tudo
que o mundo nos dá
Para quem iremos nós ?
Porque só tu tens
as palavras de Vida Eterna
Senhor
quanta gente ainda quer duvidar
teu poder e tua ressurreição
ó Jesus
Mas nós temos visto
e vivido a vitória
do sangue que foi
derramado na cruz
Daniel do Amaral, 1981
Música faz parte da minha vida desde pequeno. Quando eu nasci minha irmã já estudava piano e foi para o Conservatório, em Santos-SP. Cresci ouvindo todos os dias peças para iniciantes (Minueto em Sol maior [Beethoven], Marcha Turca [Chopin], Le Lac de Côme, enfim, aquilo que todo aluno de piano toca) e também peças mais elaboradas, como os Prelúdios e Fugas do Cravo Bem Temperado de J.S. Bach, além de peças de Ravel e Debussy. Mas isso era a Edna, minha irmã, que tocava. Eu cheguei a ter aulas de piano com ela, e tocava até alguns hinos do Hinário Evangélico, com harmonia simplificada. Porém, aos doze anos, desisti do piano.
Aos treze anos (1974) eu estava na Igreja Presbiteriana de Copacabana, quando começou a ter o Culto Jovem das 18 horas. A partir dessa época eu comece a me interessar pelo violão, embora jamais tenha tido aulas. Via o pessoal tocando nos cultos, pedia uma dica para um ou outro, pegava umas revistinhas com cifras e ia tocando mais ou menos.
A primeira vontade que eu tive de compor alguma coisa foi vendo as apresentações do Grupo Sinal Verde, cujo núcleo mais tarde iria formar o Rebanhão, com o Janires. Foi a primeira vez que eu vi um conjunto ensaiando, tocando guitarra e baixo com amplificadores valvulados, com bateria, etc.
A PRIMEIRA FASE
As primeiras músicas foram compostas no período entre 1980 e 1984. Nessa época eu fui membro das igrejas metodistas do Catete e do Jardim Botânico. Nesta última cantava no conjunto jovem, dirigido pela regente Eliani Spinelli. O repertório era basicamente ELO e Vencedores por Cristo. Algumas boas letras, mas muitas coisas traduzidas e melodias bem ao estilo das baladas norte-americanas. Eram tempos de “Céu, lindo céu”.
Entretanto, na Igreja Metodista já se conhecia o hinário NOVA CANÇÃO, lançado em 1973, com composições de Jaci Maraschin e Simei Monteiro, entre outros.
Em 1981 fui secretário distrital de Jovens no Distrito Metropolitano, 1ª. Região da Igreja Metodista, que incluía as igrejas da Zona Sul do Rio, incluindo também Rocinha e Cordovil. Nessas duas igrejas estive várias vezes, sem medo de assaltos nem de balas perdidas. Bons tempos aqueles! Nos encontros da Federação de Jovens tomamos conhecimento do trabalho dos festivais e dos seminários de Música Sacra, com uma preocupação de trabalhar uma música mais brasileira (e menos alienante) nas igrejas. O grupo paulista Viva a Vida (com Laan Mendes de Barros) tinha gravado um LP com o título Raios de Sol.
Ao mesmo tempo, quando eu ainda morava no Rio de Janeiro, militei na ABU (Aliança Bíblica Universitária). Toda semana tínhamos reuniões do Núcleo Base do Rio, em Vila Isabel, e cantávamos as músicas do cancioneiro da ABU, que tinha músicas do Wolô, Vencedores, ELO e também inúmeras contribuições latino-americanas, em espanhol. Eram músicas mais próximas de nossa realidade, mais pé no chão, dentro de um visão de Missão Integral, derivada do Pacto de Lausanne.
Recebendo todas essas influências, ficaram duas músicas:
GUARDA O TEU CORAÇÃO
Sobre todas as coisas que se devem guardar
Guarda o teu coração
Das angústias da vida, do orgulho e paixão
Guarda o teu coração
Pois dele procedem as fontes da vdia
As tuas palavras, os teus pensamentos,
E tudo que fazes enfim
Filho meu hoje entrega-me o teu coração
O Senhor vem dizer
Para todos que buscam a paz e o perdão
A razão de viver
Pois só Jesus Cristo transforma por dentro
O Homem caído no Homem perfeito
E reina no seu cofração
Sobre todas as coisas que se devem guardar
Guarda o teu
coração
Daniel do Amaral, 1980
PARA QUEM IREMOS NÓS
Senhor,
quando andávamos distantes de ti
nós vivíamos perdidos sem ti
ó Jesus
Mas tu já nos deste
algo mais verdadeiro
bem mais do que tudo
que o mundo nos dá
Para quem iremos nós ?
Porque só tu tens
as palavras de Vida Eterna
Senhor
quanta gente ainda quer duvidar
teu poder e tua ressurreição
ó Jesus
Mas nós temos visto
e vivido a vitória
do sangue que foi
derramado na cruz
Daniel do Amaral, 1981
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