SEGUNDA FASE: Coração do Povo
A SEGUNDA FASE
Após trabalhar com a juventude metodista, decidi entrar no Seminário Metodista César Dacorso Filho, que funcionava no Colégio Bennett, no Flamengo. Corria o ano de 1984. Esse primeiro contato com a Teologia foi decisivo para formar a minha fé até hoje. E não foi só um contato com a Teologia, mas com tudo que acontecia na intelectualidade brasileira da época. Os estudantes do seminário tinham acesso às palestras dadas no Bennett por pessoas como Rubem Alves, Frei Betto, Marilena Chauí, Leonardo Boff etc.
Enquanto isso, estava concluindo o mestrado em Engenharia de Transportes na COPPE. Surgiu uma oportunidade de trabalhar na minha área em Belo Horizonte. Já conhecia a cidade e gostava da idéia de ir morar lá.
Em março de 1985 desembarquei nas Alterosas, para iniciar uma nova fase da minha vida. Chegando a BH, fui dividir apartamento com dois membros da Segunda Igreja Presbiteriana, da IPU. Procurei as igrejas metodistas, mas a maré carismática da época não dava espaço para a reflexão que já vinha fazendo após ser apresentado à teologia. Assim, vim para a IPU, onde fui muito bem recebido pelo Rev. Márcio Moreira.
Entrei no Seminário Bíblico Mineiro, única instituição teológica não denominacional na cidade, onde conheci um jovem professor, Jair Guimarães Rangel. Os conflitos entre a formação do Seminário Metodista e a linha seguida pelo SBM me levaram a interromper o curso de Teologia no final de 1985.
Na METROBEL, onde eu trabalhava, havia surgido o Coral Corda Vocal, regido pelo jovem maestro Ernani Maletta. Participar desse coral foi fundamental para retomar meus estudos e o gosto pela música.
Em 86 um grupo de jovens e adolescentes da Segunda Igreja vai ao Encontro de Jovens da IPU, em Vitória, e conhece as músicas do LP Revivendo, lançado em 1983 pelos grupos Viva a Vida (Metodista) e Gente de Casa, este com a participação de Xico Esvael e Flavio Irala, entre outros. Foi um trabalho de importância histórica para a música cristã, e representava uma continuidade da proposta do hinário Nova Canção.
Das músicas do LP, a que mais impactou aqueles jovens foi CORAÇÃO DE UM POVO (letra de Silvio Ribeiro e música de Laan Mendes de Barros). Assim nasceu o grupo CORAÇÃO DO POVO, em julho de 1986. Fui convidado a fazer parte do grupo, e começamos a participar dos cultos da Segunda Igreja, sempre trazendo as canções do Revivendo, e dos cancioneiros A Canção do Senhor na Terra Brasileira e Novo Canto da Terra, todos organizados por Jaci Maraschin. Era nossa proposta trazer a música do Reino de Deus na cultura brasileira.
Além das letras, havia também os instrumentos brasileiros: a viola caipira, o pandeiro, os atabaques, coisas que provocaram arrepios nos mais tradicionais. Foi uma luta do Coração do Povo, hoje amplamente superada na maioria das igrejas.
Na maioria das vezes, as apresentações eram acompanhadas ao piano pelas pianistas Lara Tanaka, hoje atuando como regente no Palácio das Artes (BH), ou sua irmã Mônica Tanaka, atualmente fisioterapeuta.
Após trabalhar com a juventude metodista, decidi entrar no Seminário Metodista César Dacorso Filho, que funcionava no Colégio Bennett, no Flamengo. Corria o ano de 1984. Esse primeiro contato com a Teologia foi decisivo para formar a minha fé até hoje. E não foi só um contato com a Teologia, mas com tudo que acontecia na intelectualidade brasileira da época. Os estudantes do seminário tinham acesso às palestras dadas no Bennett por pessoas como Rubem Alves, Frei Betto, Marilena Chauí, Leonardo Boff etc.
Enquanto isso, estava concluindo o mestrado em Engenharia de Transportes na COPPE. Surgiu uma oportunidade de trabalhar na minha área em Belo Horizonte. Já conhecia a cidade e gostava da idéia de ir morar lá.
Em março de 1985 desembarquei nas Alterosas, para iniciar uma nova fase da minha vida. Chegando a BH, fui dividir apartamento com dois membros da Segunda Igreja Presbiteriana, da IPU. Procurei as igrejas metodistas, mas a maré carismática da época não dava espaço para a reflexão que já vinha fazendo após ser apresentado à teologia. Assim, vim para a IPU, onde fui muito bem recebido pelo Rev. Márcio Moreira.
Entrei no Seminário Bíblico Mineiro, única instituição teológica não denominacional na cidade, onde conheci um jovem professor, Jair Guimarães Rangel. Os conflitos entre a formação do Seminário Metodista e a linha seguida pelo SBM me levaram a interromper o curso de Teologia no final de 1985.
Na METROBEL, onde eu trabalhava, havia surgido o Coral Corda Vocal, regido pelo jovem maestro Ernani Maletta. Participar desse coral foi fundamental para retomar meus estudos e o gosto pela música.
Em 86 um grupo de jovens e adolescentes da Segunda Igreja vai ao Encontro de Jovens da IPU, em Vitória, e conhece as músicas do LP Revivendo, lançado em 1983 pelos grupos Viva a Vida (Metodista) e Gente de Casa, este com a participação de Xico Esvael e Flavio Irala, entre outros. Foi um trabalho de importância histórica para a música cristã, e representava uma continuidade da proposta do hinário Nova Canção.
Das músicas do LP, a que mais impactou aqueles jovens foi CORAÇÃO DE UM POVO (letra de Silvio Ribeiro e música de Laan Mendes de Barros). Assim nasceu o grupo CORAÇÃO DO POVO, em julho de 1986. Fui convidado a fazer parte do grupo, e começamos a participar dos cultos da Segunda Igreja, sempre trazendo as canções do Revivendo, e dos cancioneiros A Canção do Senhor na Terra Brasileira e Novo Canto da Terra, todos organizados por Jaci Maraschin. Era nossa proposta trazer a música do Reino de Deus na cultura brasileira.
Além das letras, havia também os instrumentos brasileiros: a viola caipira, o pandeiro, os atabaques, coisas que provocaram arrepios nos mais tradicionais. Foi uma luta do Coração do Povo, hoje amplamente superada na maioria das igrejas.
Na maioria das vezes, as apresentações eram acompanhadas ao piano pelas pianistas Lara Tanaka, hoje atuando como regente no Palácio das Artes (BH), ou sua irmã Mônica Tanaka, atualmente fisioterapeuta.
Comentários
li seu blog e enchi os olhos de água de nostalgia...apesar de eu ter vivido um dia como uma "espécie" de barata tonta, sinto é pena dos jovens nas igreja que hoje se dizem crentes, mas que só repetem frases vazias de sentido nas igrejas. Hoje frequento uma igreja presbiteriana assim: tradicional, carismática, que prega uma verdadeira
"idolatria de Jesus", mas que está longe de ser o que vivi um dia na segunda igreja, numa comunidade onde adquiri melhor consciência sobre a vida, sobre Deus. Você e todo pessoal de lá, estão gravados no meu coração prá sempre. Glória a Deus!
Escrevi um montão de coisas bonitas sobre o Coração do Povo e sobre a Segunda Igreja, mas a bendita da conta do Google deu errado e eu tive que criar uma conta. Daí, foi tudo por agua abaixo o que eu havia escrito. Como não consigo reescrever, digo apenas que o Coração do Povo e a Segundona foram muiiiiiito importantes em minha vida e agradeço a Deus por ambos.
Quam quizer um CD do CdoP, liguem para o Ronaldo da Visão Mundial BH que ele ainda tem um bocado deles por apenas R$ 15,00 - eu acho.
Alexandre Klem
Xandão
Estava eu procurando a letra de uma música do velho amigo Laan do grupo Viva a Vida e me deparo com teu blog ou seja lá o que for...e vejo o título "Coração do Povo". Me emociono pelas palavras e só faço uma correção: o autor da letra se chama José Carlos Ribeiro e não Silvio. Aliás, modestissimamente,sou eu! Abraços carinhosos.